quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Humor sem senso

Não deve ser fácil ser humorista. Os formatos Chico Anísio Show e Viva o Gordo não funcionam mais. Embora o Zorra Total ainda esteja no ar, parece que o telespectador se cansa rápido dos mesmos bordões em contextos diferentes mas parecidos. Não vou nem falar da Turma do Didi, pois não sei ao certo se aquilo é humor.

Daí surgiu o formato escrachado, Pânico na TV e CQC. Nesses dois parece que primeiro se tenta atingir o telespectador de uma forma bem humorada, mas se não der certo, é só fazer uma bizarrisse ou falar um palavrão que a audiência dá risada.

O problema é que para se relacionar bem com alguém a gente tem que falar uma vez e ouvir duas. Dizem que é por isso que Deus nos deu uma boca e duas orelhas. Mas isso quem faz é entrevistador, humorista não. Tanto que muitas vezes o ‘entrevistado’ nem precisa responder, visto que o humor estava na pergunta, e a resposta pouco importa.

Os apresentadores do CQC dão a entender que um de seus participantes, o Rafael Cortez, é homossexual, e foi visível em um dos programas que o clima não era dos melhores quanto a isso. Rafael não está muito contente com as brincadeiras em torno de sua sexualidade.

Rafinha Bastos escreveu no twitter algo grosseiro sobre Evandro Santo (Christian Pior) e Edir Macedo, e Evandro não gostou. Danilo Gentili falou dos erros de grafia da Sasha, e muita gente não gostou, inclusive a Xuxa. E quem não se lembra que o Pânico foi proibido de mencionar o nome de Carolina Dickman? E será que o Rubinho Barrichelo gostou quando o Vesgo entregou uma tartaruga de brinquedo pro Schumacher e disse que o nome da tartaruga era Rubens?

Mas é disso que a gente dá risada. A gente adora ver uma vídeo cassetada, com aquele cara caindo do barco, o outro caindo da moto, uma senhora quebrando uma cadeira, tudo com direito a narração e replay.

Nenhum comentário:

Postar um comentário