quinta-feira, 27 de maio de 2010

CONTROLE DE QUALIDADE

O programa CQC tem um quadro chamado “controle de qualidade”, onde um de seus repórteres vai até a câmara dos deputados ou ao senado e faz perguntas sobre assuntos (na opinião do programa) relevantes para o Brasil. Temas em votação no plenário, políticos com processos judiciais, política internacional, entre outros.

Os políticos que respondem às perguntas corretamente ganham congratulações, e os que não respondem ou respondem errado são considerados displicentes nas questões de interesse nacional.

Alguns políticos não dizem uma palavra, por não depositar credibilidade no programa, e outros se manifestam dizendo que o programa não faz outra coisa senão ridicularizar os parlamentares com suas piadas e artes visuais.

Nem tanto ao mar, nem tanto a terra. Os parlamentares deveriam sim estar cientes dos assuntos de interesse nacional, e principalmente saber a posição da população sobre os assuntos, visto que sua função é representá-la. Por outro lado, a postura do programa não prova nada com nada.

Programas de perguntas e respostas não são novidade. Desde os primórdios da televisão programas levam pessoas ao ar e lhes fazem perguntas que estas deveriam saber. Mas algumas vezes estas pessoas erravam. O que isso provava? Nada.

Ao invés de perguntar a um deputado “que país apoiou o acordo proposto pelo Brasil ao Irã na questão de enriquecimento de urânio”, o repórter deveria perguntar “qual a sua opinião sobre o acordo proposto pelo Brasil ao Irã na questão de enriquecimento de urânio”. Seria mais útil ao eleitor. Mas se assim fosse, qual seria a graça? Onde é que estaria a piada?

As vezes falta um pouco de personalidade ao programa CQC. Há que se definir se ele é um programa de entretenimento, ou se de conscientização da população. As duas coisas, não dá:

Entretenimento:
- Cobertura de partidas de futebol
- Cobertura de festas de lançamento de filmes, novelas etc.
- Cobertura de noites de autógrafos de livros e da revista Playboy.
- CQTeste;
- Luque responde;
- Piores notícias;
- Top Five;
- Trabalho forçado;

Conscientização (ou tentativa de):
- Controle de qualidade;
- Cidadão em ação;
- Proteste já.

E você? Assiste ao CQC para se distrair ou para pensar?

terça-feira, 25 de maio de 2010

Newsletter = 1; Notícia = 3; Conclusão = 0

Recebi uma newsletter da Infomoney com três notícias que me deixaram confuso:

Parcela de famílias paulistanas endividadas cai para 44% em maio
Boa notícia! É bom saber que as famílias, seja em São Paulo ou em qualquer lugar do mundo, estão com menos dívidas.

Intenção de consumo das famílias avança 2% em maio
Hum... Quer dizer que as pessoas eliminam dívidas mas ao mesmo tempo pretendem entrar em novas dívidas? Mas assim isso não vai acabar nunca!

Baixa renda está endividada e não vai conseguir pagar
Ah, não! Aí já é demais! Justo a baixa renda? Assim a inadimplência vai subir outra vez...

Fonte: infomoney

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Milionários

A revista Veja (edição 2165, de 19 de maio de 2010) traz em sua capa uma matéria com o seguinte texto: “O milionário mora ao lado”. Alguns dados interessantes, especialmente por ter sido publicado na Veja:

- Diversos setores da economia crescem numa velocidade superior a 10% ao ano;
- A produção das indústrias teve uma alta de 20% no primeiro trimestre;
- Nesse mesmo período, o comércio registrou uma expansão de 13% no volume de vendas;
- Mesmo consumindo mais, os brasileiros encontraram folga para poupar. Sinal disso é que o valor total de recursos captados pelos planos de previdência privada ganhou 28% nos três primeiros meses do ano;
- O desemprego recua aos menores níveis históricos, e a renda dos trabalhadores passa por uma recuperação paulatina, mas constante.
- O PIB (produto interno bruto, o total de mercadorias e serviços produzidos) deverá ficar ao redor de 7%, o que seria a maior taxa desde 1986, quando houve o Plano Cruzado.
- Segundo um estudo recente do economista Marcelo Neri, enquanto o consumo aumentou 14,9% nos últimos cinco anos, a renda dos brasileiros aumentou praticamente o dobro: 28,6%.
- Desde 2000, 23 milhões de pessoas ascenderam à classe C, deixando os estratos mais pobres (classes D e E);
- Estima-se que, no último ano, aproximadamente 50 mil brasileiros tenham ingressado no clube dos milionários, que são aquelas pessoas que possuem um patrimônio equivalente a 1 milhão de dólares, ou 1,8 milhão de reais, com recursos livres para investir (não se incluiu, portanto, o valor da residência própria);
- A cada dez minutos, em média, brota um novo milionário no país.


E agora? Dilma ou Serra?


Fonte: Veja

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Atenção: a bebida da Nestlé Alpino Fast não contém chocolate Alpino

A Nestlé vai tirar a inscrição "Este produto não contém chocolate Alpino" das próximas embalagens do Alpino Fast, versão para beber do chocolate. A empresa disse que o produto "tem, sim, a mesma massa do chocolate Alpino". A frase havia sido colocada, diz a Nestlé, para evitar que os consumidores acreditassem achar Alpino derretido na bebida - ou pedaços do bombom. Em relatório à Promotoria do Rio, a própria empresa admite que o sabor dos produtos é diferente.

Há um tempo atrás eu fui à uma casa de sucos em Mogi das Cruzes chamada Pé da Fruta, que fica à rua Frederico Straube, 412, na Vila Oliveira. Pedi um sanduíche que entre os ingredientes tinha um tipo de queijo. Depois da segunda mordida percebi que meu sanduíche veio sem queijo.

Chamei o garçom, e este me disse: "o sanduíche do senhor veio sem queijo porque este queijo está em falta no mercado". Ah, tá explicado!

Então, pensei, que se eu pedir um suco de laranja com acerola e não for época de acerola, eles me trazem um suco de laranja, e justificam que não tem acerola no mercado, e na minha conta me cobram pelo suco de laranja com acerola. Tirei um nariz de palhaço do bolso e coloquei no meu nariz.

Eles poderiam me avisar sobre a questão do queijo, e me dar a opção de colocar uma fatia de queijo minas, ou até desistir do sanduíche. Mas não, prefiriram usar a técnica do SPP: entrega o sanduíche pro cliente, e 'se passar passou'.

Como os 10% do garçom é opcional, não paguei.


Fontes: Folha Online e Revista Opinião