quarta-feira, 7 de julho de 2010

Carro usado, carro zero

Eu recebi a atualização do blog "hoje eu não comprei", onde a autora diz ter um amigo que quer comprar o novo Uno, zero quilômetro, no fim deste ano. A autora recomenda a este amigo que ela compre um veículo usado, de 2005 em diante. Eu postei um comentário:

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Eu também pensava assim, até adquirir um carro usado.

Recentemente eu tive uma despesa de quase mil reais com meu veículo, com a troca do radiador e retífica do cabeçote do motor. Aconteceu uma corrosão no cabeçote e o líquido de arrefecimento foi para dentro do motor, se misturando com o óleo. Perguntei ao mecânico o que pode ter causado a corrosão e ele me disse que provavelmente o proprietário anterior não utilizava aditivo, usava água comum, diretamente da torneira. Importante lembrar que assim que comprei o carro eu fiz uma limpeza total do sistema de arrefecimento e sempre usei aditivo, puro.
Um estudo da frota do Sindipeças (Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores) mostra que do total de 6 milhões de veículos, 57% já ultrapassaram os 100 mil quilômetros, e a média anual de quilometragem é de 13.275.

Pouco mais da metade (53%) dos carros com mais de cinco anos de uso já têm quilometragem superior a 50 mil quilômetros e 25% já ultrapassaram os 100 mil quilômetros.

Ainda de acordo com o estudo, a maioria dos motoristas não tem o hábito de fazer manutenção preventiva no veículo.

Do total de 26 milhões de veículos, 57% já ultrapassaram os 100 mil quilômetros. Os dados são do estudo da frota do Sindipeças (Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores). A média anual de quilometragem é de 13.275 e tem permanecido estável nos últimos anos.

De acordo com o estudo, a maioria dos motoristas não tem o hábito de fazer manutenção no veículo.
Fonte: http://www2.uol.com.br/interpressmotor/noticias/item21728.shl

Bem. Se a média anual é de 13.275 quilômetros, podemos dizer que um carro fabricado em 2005 teria aproximadamente mais de 66 mil quilômetros rodados. No site da Fiat estão disponíveis os manuais de proprietários para download. Baixei o do Uno e verifiquei os itens para revisão de 60 mil:
- pastilhas dos freios a disco dianteiros;
- lonas traseiras (freios a tambor);
- verificação geral (escapamento, mangueiras, buchas etc);
- pedal de embreagem;
- válvulas;
- sistema de ignição e injeção;
- substituição do filtro de combustível;
- substituição do filtro de ar;
- substituição das velas;
- limpeza do sistema de ventilação do carter;
- correias

Mesmo que o veículo tenha tido apenas um dono, alguns itens podem surpreender o novo proprietário, como por exemplo;
- bateria;
- palhetas do limpador de para-brisas;
- pneus;
- suspensão;
- embreagem.

Após toda essa minha divagação, eu diria:

- Carro definitivamente não é investimento;
- O carro zero realmente se desvaloriza assim que é retirado da concessionária;
- O IPVA é caro, já o seguro, não necessariamente. Meu cunhado tem um carro zero que vale o dobro que o meu e paga mais barato que eu no seguro.
- Veículo zero tem garantia, amparado pelo código de defesa do consumidor.
- Ao levar o veículo numa autorizada, não tem como o mecânico enganar o proprietário, pois as revisões são programadas, está tudo no manual.

Eu prefiro pagar mais carro num veículo zero quilômetro, fazer as revisões na rede autorizada e ter garantia do veículo, do que passar por ‘”perrengues” como você mesmo diz.

Ao seu amigo: compre o Uno.

Um abraço.

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