terça-feira, 25 de agosto de 2009

Os números não dizem isso

Parece que empresas e bancos manipulam números em busca de seus interesses.

Folha de São Paulo, 25/08/2009, Dinheiro:
“Calote privado no mundo chega a valor recorde de US$ 453 bi “

DCI, 18/08/2008
“Bancos elevam em 79% reservas contra calote”

Estadão, 20/09/2008
“Provisão contra calote na crise deve inflar os lucros dos bancos”


As empresas estão reduzindo funcionários e custos, com o objetivo de gerar caixa, e assim poderem pagar dívidas e dividendos. Mesmo assim, o calote privado no mundo chegou a valor recorde.

Baseando-se na inadimplência, os bancos elevaram suas previsões de calote. Os cinco maiores (Banco do Brasil, Itaú Unibanco, Bradesco, Santander e Caixa Econômica Federal) somados passaram suas provisões de 15,8 bilhões de reais no ano passado para 28,4 bilhões neste ano. Como efeito colateral dessa medida, o lucro líquido desses bancos caiu 13% no primeiro semestre.

No mesmo período, as instituições seguraram a concessão de crédito, ao mesmo tempo em que elevaram as provisões.

Com a economia voltando a crescer, como já apontam vários indicadores, a tendência é a inadimplência recuar. Isso, por sua vez, abre espaço para os bancos reverterem as provisões anteriores em lucro ou diminuírem as reservas para créditos que serão concedidos no futuro, o que, na prática, tem o mesmo efeito no balanço.

Um analista de mercado que pediu para não ser identificado, no Estadão, comentou:“Se não fossem as reservas tão grandes, eles teriam lucrado mais do que no primeiro semestre de 2008. Como explicar à sociedade ganhos maiores durante uma crise em que eles secaram o crédito tanto para empresas quanto para as pessoas comuns?"

Nenhum comentário:

Postar um comentário